A finalidade deste Blog é divulgar as Vozes do Céu através das Mensagens dos Sagrados Corações de Jesus,Maria,José e do Divino Espírito Santo,dos Anjos e dos Santos,transmitidas ao Vidente Marcos Tadeu,nas Aparições de Jacareí-SP/Brasil. São as mais intensas,extraordinárias e últimas Mensagens dadas ao mundo para que se converta e tenha paz.Nestas Santas Aparições São José deseja que nos Consagremos a Ele ,que o invoquemos como Amantíssimo Coração de São José e também como
CORAÇÃO PATERNAL DE SÃO JOSÉ,para que Ele possa nos conduzir pelo caminho da Santidade e nos leve ao verdadeiro Amor a Jesus e Maria.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Novena a Santa Gemma Galgani, Tríduo, Orações e Sua Hora Santa

                             

                    Festa dia 11 de abril




ORAÇÃO PREPARATÓRIA PARA TODOS OS DIAS



SENHOR MEU JESUS CRISTO, QUE DISSESTES: 

PEDI E RECEBEREIS; BUSCAI E ACHAREIS, BATEI E ABRIR-SE-VOS-Á.

EU PEÇO, BUSCO E BATO. 

CAIO A VOSSOS PÉS IMPLORANDO A GRAÇA QUE ARDENTEMENTE PRECISA MEU CORAÇÃO, MAS RECONHECENDO MINHA INDIGNIDADE,

PONHO POR INTERCESSORA EM MEU FAVOR, A VOSSA FIDELÍSSIMA SERVA SANTA GEMMA GALGANI, DEDICANDO EM SUA HONRA E PARA GLÓRIA VOSSA ESTA NOVENA. ASSIM SEJA. AMÉM

(REZAR AQUI A INVOCAÇÃO DE CADA DIA)



ORAÇÃO FINAL PARA TODOS OS DIAS 



OH! DEUS QUE TRANSFORMASTES A SANTA GEMMA GALGANI VIRGEM, EM VIVO RETRATO DE VOSSO FILHO ATORMENTADO; CONCEDEI-NOS POR SUA INTERCESSÃO QUE ASSOCIANDO-NOS A PAIXÃO DE CRISTO, MEREÇAMOS SER PARTICIPANTES DE SUA GLÓRIA. PELO MESMO JESUS CRISTO NOSSO SENHOR. AMÉM.



NOVENA



Primeiro Dia  



Celestial protetora minha Santa Gemma Galgani, cuja vida foi um ardente desejo de perfeição cristã. Vos suplico acendei em minha alma o vivo desejo da santidade e me alcances a graça particular que vos imploro nesta novena.



Três Pai-Nossos, Ave-Maria e Glórias.



Segundo Dia



Perfeitíssimo exemplo de desprendimento, gloriosa Santa Gemma Galgani, que passaste pelo mundo sem apegar-se a nenhuma de suas vaidades . Tende compaixão de minha vida absorvida pela matéria, alcançai-me do Senhor a perfeita renuncia e negação de mim mesmo, junto com a graça particular que vos imploro nesta novena.



Três Pai-Nossos, Ave-Maria e Glórias.



Terceiro Dia



Seráfica Santa Gemma Galgani, que vivestes inflamada no amor de Jesus Cristo. Alcançai-me uma chispa do fogo que abrasou  o vosso coração, junto com a graça particular que vos imploro nesta novena.



Três Pai-Nossos, Ave-Maria e Glórias.



Quarto Dia



Anjo de caridade gloriosa Santa Gemma Galgani, que cruzaste por este mundo ensinando com tuas obras e imolação heroica pelas almas o verdadeiro amor ao próximo. Tem compaixão de meu egoísmo e alcançai-me a verdadeira Caridade, junto com a graça especial que vos imploro nesta novena.



Três Pai-Nossos, Ave-Maria e Glórias.



Quinto Dia



Violeta perfumada que em vossa profundíssima humildade quiseste chamar-te sempre “a pobre Gemma”.
Compadecei-vos de meu orgulho e alcançai-me a verdadeira humildade, junto com a graça particular que vos imploro nesta novena.



Três Pai-Nossos, Ave-Maria e Glórias.



Sexto Dia



Gloriosa escrava da obediência, que nada tanto apreciaste como negar vossa vontade para seguir as inspirações do céu e os mandos de teus superiores. Alcançai-me vencer a rebeldia de minha perversa vontade e a graça particular que vos suplico nesta novena.



Três Pai-Nossos, Ave-Maria e Glórias.



Sétimo Dia



Lírio Imaculado de pureza, que cruzaste pelo lodaçal deste mundo sem receber o mais mínimo pingos da luxúria.
Contemplai-me sem alimentos para vencer meus apetites e não me negues o auxílio da vossa proteção, junto com a graça especial que vos imploro nesta novena.



Três Pai-Nossos, Ave-Maria e Glórias. 



Oitavo Dia



Esclarecida Advogada minha Santa Gemma Galgani, que cifraste vossa vida em imolar-vos em sacrifício e mortificação.
Compadecei-vos da repugnância que experimento em mortificar-me e alcançai-me do Senhor tão necessária virtude, junto com a graça particular que vos imploro nesta novena.



Três Pai-Nossos, Ave-Maria e Glórias.



Nono Dia



Pomba, que ferida pelo Amor Divino dirigistes vosso vôo até as alturas, livrando-se dos perigos que acercavam vossa virtude. Contemplai os perigos que me rodeiam, defendei-me com vossa intercessão e alcançai-me o triunfo nas tentações, e a graça particular que vos imploro nesta novena.



Três Pai-Nossos, Ave-Maria e Glórias.



Tríduo em honra de Santa Gemma Galgani pedindo uma graça 

especial




Primeiro Dia 



Ó Diviníssimo Senhor, nós humildemente prostramos perante a Vossa Infinita Majestade, Vos adoramos e dedicamos a Vossa Glória as devotas orações que Vos apresentamos agora, como ato de devoção a vossa serva, Santa Gemma Galgani, cuja intercessão imploramos agora.

Compassiva Virgem, Santa Gemma Galgani, durante a vossa curta vida na terra, destes o mais belo exemplo de inocência angelical e seráfico amor e foi digna de levar em vosso corpo as marcas da Paixão de Nosso Senhor. Tenha piedade de nós que estamos tão necessitados da Misericórdia de Deus e obtende-nos através do vossos méritos e intercessão, o favor especial que agora fervorosamente vos imploramos (mencionar o pedido).


Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória. 


Rogai por nós, Santa Gemma Galgani, para que sejamos dignos das promessas de cristo.


Oremos: Ó! Deus, que moldou vossa serva Santa Gemma Galgani, na semelhança do Crucificado Vosso Filho, concedei-nos através da Sua intercessão, a graça que humildemente pedimos, através da Paixão, Morte e Ressurreição do Vosso Filho. Vos pedimos isso por meio de Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.



Segundo Dia 



Ó Diviníssimo Senhor, humildemente prostramos perante Vossa Infinita Majestade, Vos adoramos e dedicamos a Vossa Glória as devotas Orações que Vos apresentamos agora, como um ato de devoção a vossa serva, Santa Gemma Galgani, cuja intercessão estamos agora implorando. 

Ó! digna Esposa do Cordeiro de Deus e fiel Virgem Santa Gemma Galgani, que conservai o esplendor da inocência e virgindade, dando ao mundo um brilhante exemplo de pureza e as mais exaltadads virtudes, olhai para nós com piedade, do alto do Céu, onde vos encontrais e lembrai-vos de nós que confiamos em vosso patrocínio, vos imploramos o favor que tão ardentemente desejamos (mencionar o pedido).


Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória. 


Rogai por nós, Santa Gemma Galgani, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. 


Oremos: Ó! Deus, que moldou vossa serva Santa Gemma Galgani, na semelhança do  Crucificado Vosso Filho, concedei-nos através de Sua intercessão, a graça que humildemente pedimos, através da Paixão, Morte e Ressurreição do Vosso Filho. Vos pedimos isso por meio de Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém. 



Terceiro Dia



Ó Diviníssimo Senhor, humildemente prostramos perante Vossa Infinita Majestade, Vos adoramos e dedicamos a Vossa Glória as devotas Orações que Vos apresentamos agora, como um ato de devoção a vossa serva, Santa Gemma Galgani, cuja intercessão estamos agora implorando.

 Ó! Carinhosíssima Virgem Santa Gemma Galgani, por um intenso Amor por Jesus, sofrestes imensamente para a conversão dos pecadores como vítima para apagar os pecados, por Amor a Deus. Não esquecei-vos, então, que continuamos aqui na terra e olhai para nós com bondade, pois imploramos confiantes na esperança de receber este favor de vossa intercessão (mencionar o pedido).


Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória. 


Rogai por nós, Santa Gemma Galgani, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. 


Oremos: Ó! Deus, que moldou vossa serva Santa Gemma Galgani, na semelhança do  Crucificado Vosso Filho, concedei-nos através de Sua intercessão, a graça que humildemente pedimos, através da Paixão, Morte e Ressurreição do Vosso Filho. Vos pedimos isso por meio de Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém. 


                      

 Oração composta por Santa Gemma Galgani



” EIS-ME AQUI PROSTRADA AOS VOSSOS PÉS SANTÍSSIMOS, Ó MEU AMADO JESUS, PARA MANIFESTAR-VOS EM CADA INSTANTE MEU RECONHECIMENTO E GRATIDÃO POR TANTOS E TÃO CONTÍNUOS FAVORES QUE ME TENDES DADO E QUE AINDA QUEREIS ME CONCEDER. QUANTAS VEZES VOS TENHO INVOCADO, Ó JESUS! TU TENS ME DEIXADO SEMPRE SATISFEITA, POIS RECORRI MUITAS VEZES A VÓS E SEMPRE ME  CONSOLASTES. COMO PODEREI EXPRESSAR MEUS SENTIMENTOS A VÓS Ó AMADO JESUS?
VOS DOU GRAÇAS... MAS IMPLORO DE VÓS OUTRA GRAÇA SE FOR DA VOSSA VONTADE…
(MANIFESTA-SE A GRAÇA QUE SE DESEJA ALCANÇAR)
SE NÃO FOSSEIS TODO PODEROSO NÃO FARIA ESSA SÚPLICA.
Ó JESUS TENDE PIEDADE DE MIM. FAÇA-SE CONTUDO A VOSSA SANTÍSSIMA VONTADE.

PAI NOSSO, AVE MARIA, GLÓRIA AO PAI.

AMÉM.”



VOSSA VIDA Ó SANTA GEMMA GALGANI, FOI UM CONTÍNUO ATO DE AMOR DIVINO, UM CONJUNTO SUBLIME DAS MAIS BELAS VIRTUDES. DESDE OS PRIMEIROS ANOS, DE TUA INFÂNCIA RESPLANDECERAM EM VÓS UMA ANGÉLICA PUREZA E UMA ARDENTE SEDE DE PENITÊNCIA, UMA GRANDE SIMPLICIDADE DE UMA CONSUMADA PRUDÊNCIA, UM PERFEITO DESAPEGO DE TODA CRIATURA E UM FERVOR ARDENTE PELA SALVAÇÃO DO PRÓXIMO, UMA PROFUNDA HUMILDADE E UMA INVENCÍVEL FORTALEZA EM MEIO AS MAIS DURAS PROVAS DO ESPÍRITO, UMA PIEDADE FILIAL PARA COM A MÃE CELESTE E UM AMOR APAIXONADO A VOSSO JESUS CRUCIFICADO.

POR ESTAS VIRTUDES TÃO EXCELENTES E PELAS SINGULARES COM QUE FOSTES TÃO GENEROSAMENTE ENRIQUECIDA, Ó MAGNÍFICA VIRGEM DE CRISTO, ALCANÇA-NOS UMA CHAMA DAQUELE FOGO DE AMOR DIVINO QUE QUEIMAVA EM VOSSO CORAÇÃO, PARA QUE EM TUDO POSSAMOS NOS CONFORMAR COM A SANTA VONTADE DIVINA.

ALCANÇA-NOS TAMBÉM AS GRAÇAS TEMPORAIS, QUE NÃO SE OPONHAM A NOSSA SALVAÇÃO ETERNA E PERSEVERANÇA, E FAZ QUE, DEPOIS DESTE DESTERRO, CONSIGAMOS ESTAR CONVOSCO NA GLÓRIA DO CÉU. AMÉM.






                                                                HORA SANTA


                                                                    Introdução


Põe-te, ó alma piedosa, na presença do teu amantíssimo Salvador, e pensa naquela
noite em que o bom Jesus, depois de ter instituído a Sagrada Eucaristia para teu
alimento, sai com os Apóstolos e se encaminha para o Horto das Oliveiras, a fim de
dar começo àquela dolorosíssima Paixão, com a qual devia salvar o mundo.
Aquele rosto divino, em que resplandeciam todas as graças e formosuras, cobre-se
de Palidez mortal, reflexo da grande e profunda tristeza que lhe aniquila a alma,
tristeza que o bom Jesus manifesta por suas próprias Palavras. O aflito Jesus volve a
ti o seu olhar, como para te dizer: “ó alma querida, que tantas amarguras me
custaste, permanece comigo ao menos uma hora, e vê se há dor igual à
minha dor! Considera como que na noite da minha agonia, debalde
procurei alguém que me consolasse e não o achei”.
Meu adorável Jesus, poderá haver criatura tão ingrata e de coração tão endurecido,
que se recuse a passar uma hora em vossa companhia, recordando aqueles mistérios
de imensa dor e incomparável amor, que se cumpriram nas trevas da noite de vossa
Paixão no jardim das oliveiras? Meu bom Jesus, eis-me aqui convosco. Dignai-vos
fazer-me compreender a crueldade dos vossos sofrimentos e o excesso de amor que
vos levou a vos imolardes como vítima dos meus pecados e de todos os homens.

Obs.: A Hora Santa se divide em “quartos de hora” e, quando feita publicamente,
pode-se-lhe entremear algum cântico devoto. Por isso colocamos em seus
respectivos lugares as estrofes apropriadas.
Redimidos, vinde ao Horto,
Vinde o sangue contemplar
Que Jesus, sem um conforto,
Ver-te ali para nos salvar.
   Ó Jesus, aos vossos braços
Compungidos, nos tornamos.
Estreitai-me com os laços
Que, pecando, nós quebramos.
Com Jesus aqui fiquemos,
Adorando, suplicando;
Hora breve aqui passemos,
Seu martírio relembrando.

“Quem une os seus sofrimentos aos de Jesus sabe realmente amar.”
(Santa Gema Galgani)

PRIMEIRO QUARTO DE HORA

A Tristeza de Jesus
“A minha alma está numa tristeza mortal.”
(Mt 26,38)
Não há sofrimento que se possa comparar com os da hora da morte. Por isso o
nosso Salvador, que é a verdade infalível, para nos fazer compreender a dor
excessiva que O oprimiu na entrada do Horto, declara que sua alma está submersa
numa tristeza mortal, isto é, que a dor que sofre é tão grande, que lhe pudera causar
a morte.
Encaminha-se depois para o Horto das Oliveiras e, chegando ao lugar onde      
costumava passar as noites em oração, exorta seus fiéis discípulos que levara consigo
para serem testemunhas de suas amarguras, a velarem e rezarem juntamente com
Ele. E afastando-se à distância e rezarem juntamente com Ele. E afastando-se à
distância de um tiro de pedra, prostra-se ante a Majestade de seu Pai e dá começo à
oração mais generosa que já se fez neste mundo.
A primeira causa da tristeza de Jesus no jardim foi à vista do horrendo cúmulo de
tormentos e de opróbrios que em breve se deveriam arremessar sobre Ele, como as
ondas bravias de um mar agitado pela fúria da tempestade. Com efeito, apenas se
afasta de seus queridos discípulos, apresentam-se-lhe ao pensamento todas as
horríveis cenas de dor e de sangue de sua Sagrada Paixão: traições, ironias, irrisões,
calúnias...
Ainda mais: uma cruel flagelação, com grande número de açoites, que suas carnes
dilaceradas cairão aos pedaços, até se lhe descobrirem os ossos! Mas não basta.
Pungentes espinhos hão de atormentar até a morte sua sagrada fronte! Prevê ainda
as bofetadas, escarros e maus tratos! Mais: há de sofrer a infâmia de uma
condenação injusta, e será escarnecido pelos magnatas de sua nação e pelo povo.
Depois, desfalecido por tantos sofrimentos, arrastar-se-á até o monte do sacrifício,
carregando aos ombros chagados a Cruz, a cujo peso sucumbirá muitas vezes.
Beberá o amargoso fel, será despido diante de uma multidão insolente, pregar-se-ão
suas mãos e seus pés, e daqueles cravos ficará pendendo três horas suspenso entre o
Céu e a terra, para expiar, num abismo de sofrimentos, as iniquidades do gênero
humano! Ainda não é tudo.
A esses inumeráveis e atrozes tormentos acrescerão os mais amargos escárnios, os
insultos e as provocações! Depois, a sede ardente, torturante, aumentada mais ainda
pelo vinagre! O abandono do Pai... a dor imensa de sua Mãe diletíssima e a horrível
e pavorosa morte! Alma remida, filha das penas atrozes de Jesus, considera o teu
Salvador abismado em um oceano de dores, e tudo isso por teu amor, para te salvar,
para te levar consigo ao Paraíso.
Jesus, oprimido por tanta angústia, procura os seus três discípulos, aos quais
recomendara que velassem e rezassem, mas encontra-os dormindo. Nem uma
palavra de conforto, nem um sentimento de compaixão para com Jesus agonizante!
Na amargura desse abandono, Jesus a ti se dirige, ó alma piedosa, para ver se
encontra em teu coração um pouco de afeto, de compaixão, de gratidão...
E não terás uma palavra de conforto para o bom Jesus? Se estivesses ao seu lado na
noite de sua agonia, que lhe dirias? Ah! Abre- lhe o teu coração e faze o que então
farias, o que muito lhe agradará, pois Jesus aceita sempre com a mesma
complacência as demonstrações de afeto dos corações dos seus filhos fiéis.
(Pausa)

Oferecimento

Pai Santo, que tanto amastes o mundo, a ponto de sacrificardes o vosso Filho
humanado, eu vos agradeço, em nome de todos os vossos filhos remidos, por este
ato de vossa infinita caridade e vos ofereço a santidade perfeitíssima e todos os
merecimentos do vosso Filho unigênito.

(Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)

Pai Santo, que, para nos livrar da perdição eterna, acumulastes, sobre a adorável
humanidade do vosso Filho unigênito, o peso formidável de todas as nossas
iniquidades, eu vos ofereço as agonias de Jesus no Getsêmani, suplicando-vos que
me concedais gozar o fruto de suas horríveis penas por toda a eternidade.

(Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)

Pai Santo, que, para reconciliar a culpada humanidade com vossa Divina Majestade,
submetestes a uma inexorável justiça o vosso Filho unigênito, que foi obrigado a
carregar nos seus inocentes ombros todas as penas devidas às nossas culpas, ofereçovos
a submissão amorosa de Jesus no Horto, suplicando-vos me concedais a graça da
conversão e salvação de todos os pecadores.

(Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)

Quanta angústia no jardim,
Se apodera do Senhor!
Quanto sofre, ó Céus, por mim
O meu terno Salvador!

Os meus olhos se umedecem
De divino, amargo pranto,
Vendo as almas que perecem,
Mesmo após padecer tanto.

SEGUNDO QUARTO DE HORA

Jesus geme sob o peso
das iniquidades humanas
Nas trevas da noite e no abandono por parte dos seus queridos discípulos, já passou
Jesus uma longa e penosa hora de sofrimentos. A visão nitidíssima dos cruéis
tormentos que o esperam, enche de terror e de angústia sua alma bendita. Mais
enorme alinda lhe parece o peso de sua missão de Salvador do mundo. Vê, já
chegado o tempo de sua imolação. O Céu, a terra e o inferno conjuram contra Ele.
Ha de sustentar, pois, uma grande luta: todos os ataques contra Ele se dirigem. E
que faz Jesus? Empalidece, treme e humildemente recorre ao Pai, exclamando:
"Pai, se é possível afasta de mim este cálice". Qual será a resposta a essa humilde
prece do Filho de Deus? Nenhuma. O Céu não responde ao pobre Jesus! Pois Jesus
quer sofrer mais esta pena para nos implorar uma perseverança humilde na oração e
uma confiança constante, mesmo quando o Céu parece não atender as nossas
súplicas.
Ah! Meu bom Jesus, não há pena que não quisésseis sofrer para nosso conforto e
para nosso exemplo. Acompanha, porem, ó alma piedosa, o teu Jesus que, levado
pelo amor para contigo, avança ainda mais no caminho da dor. A série horrível de
todos os crimes, de todas as perversidades dos filhos de Adão apresentam-se-lhe ao
pensamento e dilaceram-lhe a alma. E já se vê sobrecarregado de todas essas
abominações: e, assim, coberto dessas imundícies, há de comparecer ante os olhos
puríssimos de seu Pai. Não é possível que a inteligência humana possa compreender,
nem tão pouco imaginar o horrível tormento que sofreu então a bendita e
inocentíssima alma de Jesus. Disso piedosamente já ele se queixara, dizendo pela
boca profeta: "Sobre as minhas costas trabalharam os pecadores!”. Ó como está o
querido Salvador oprimido sob o peso de tantos pecados! Mas o Divino Cordeiro,
que está para ser imolado à justiça divina, tão ofendida pelos homens, depois de
satisfazer, as iniquidades humanas, imolando sua preciosa vida num patíbulo para
tirar os pecados do mundo, poderá, ao menos, esperar que os homens,
reconhecidos por tantos benefícios, estejam dispostos a abandonar o pecado e
permanecer fiéis aquele que com tantas penas os livrou da morte eterna?
Ah! Provera que assim fosse, pobre Jesus. Entretanto, um quadro ainda mais
horrível aparece ante o seu divino olhar. Vê, depois de ter remido com tantos
sofrimentos a humanidade e de ter lavado a terra com seu sangue precioso, depois
de ter infundido em seus filhos o divino Espírito Santo e de ter transformado a terra
em um Paraíso de graças na adorável Eucaristia.
Ah! Depois de tantos excessos de caridade vê ainda reinar no mundo o pecado! Vê
conculcada sua Santa Lei, sua Igreja perseguida, caluniados seus ministros,
abandonadas as suas graças, o seu amor desprezado e, chorando, exclama:
“Quae utilitas in sanguine meo?”. Para que derramar todo o meu sangue?
Para que morrer entre os tormentos de um patíbulo, se depois os homens, ingratos
a tantos benefícios, hão de continuar sempre a se entregar ao demônio e à perdição
eterna? Quando acabará no mundo o reino do pecado?
Aqui o bom Jesus lança um olhar a todos os séculos do porvir e, em cada século, em
cada ano, vê pecados. Pecados em cada dia, pecados em cada momento! E o peso de
todos esses pecados sempre mais o oprime e lhe faz repetir: “Sobre as minhas costas
trabalharam os pecadores; prolongaram a sua iniquidade” (Sl 128, 3).
Ó minha alma, também estarias tu entre o número daqueles que, aumentando a
cadeia dos pecados e adiando sempre, indeterminadamente, a conversão prometida,
arrancam do coração agonizante de Jesus aquele lamento cheio de tão justa dor? Ó
como é horrendo o pecado, depois que um Deus derramou todo o seu sangue para o
destruir!
Ó como e abominável o pecado em almas já lavadas por aquele sangue divino! Em
almas unidas pela Santíssima Eucaristia ao Coração de Jesus!
Ó aflitíssimo Salvador, toda a razão tendes de vos queixar e de chorar! Mas, se Jesus
com tanta razão se queixa dos pecados de seus filhos em geral, quanto não sofrerá
pelos pecados dos seus mais queridos, isto é, das almas que lhe são consagradas?
Alma diletas, exclama o Redentor, almas da minha paz, isto é, almas que sois as
amigas íntimas do meu Coração, almas que viveis em minha casa, almas que comeis
meu pão, almas que vos alimentais à minha mesa, por que me transpassais o Coração
com o pecado? Povo do meu coração, que é que vos fiz? Em que vos magoei?
Mitiguei-vos a sede com as águas celestiais da minha graça, e dai-me em troca
vinagre e fel! Saciei-vos a fome com o precioso maná de minha carne, retribuis-me
com bofetadas e flagelos! Povo meu, que é que vos fiz! Em que vos contristei? Eu
vos preparei no Céu um trono, e vós me apresentais um patíbulo!
Ó almas queridas, diletas do meu Coração, que podia eu fazer por vós que o não
tenha feito? "Que coisa há que eu devesse fazer à minha vinha que lhe não tenha
feito? (Is 5, 4). E em troca de tanto amor, procurais-me tribulações e espinhos!”
(Pausa)

Oferecimento

Por que não poderia eu, ó meu aflito Salvador oferecer-vos, em troca do vosso
infinito amor, o meu coração e os de todos os homens, inflamados de ardentíssima
caridade?
Mui compungido pela minha frieza, ofereço-vos ó bom Jesus, os desejos ardentes
com que os antigos patriarcas e profetas suspiraram pela vossa vinda, e o santo zelo
com que os vossos Apóstolos levaram o vosso Nome por toda a Terra.

(Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)

Ofereço-vos, ó meu atormentado Redentor, a perfeita e terníssima compaixão que
Ofereço-vos, ó meu atormentado Redentor, a perfeita e terníssima compaixão que
teve de vossos sofrimentos vossa Mãe Imaculada, a Virgem das Dores, e a
perfeitíssima gratidão com que ela, em nome de todo o gênero humano, vos
agradeceu, vos louvou e vos bendisse pelo benefício infinito da Redenção.

(Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)

Meu agonizante Jesus, não podendo eu, mesquinha criatura, dar-vos como desejara,
algum conforto em tantas amarguras, ofereço-vos a inexcedível alegria com que a
adorável trindade, juntamente com todos os anjos do Céu, aplaudiu a grandiosa
obra da Redenção, por vós dolorosa e amorosamente consumada; e suplico-vos
também que façais compreender a todos os vossos filhos, remidos com o vosso
sangue, este mistério de infinita caridade.

(Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)

Sob o peso do pecado
E oprimido pela dor,
Já por terra cai prostrado
Nosso amante Redentor.
Vinde, ó Anjos, um conforto
Prodigai ao vosso Deus,
Que agoniza, neste Horto,
Para tornar-nos filhos Teus.
“O amor de Cristo nos constrange.”
(2 Cor 5, 14)

TERCEIRO QUARTO DE HORA


O generoso “Fiat”
Contempla, ó alma remida, o teu Salvador, que, com o coração ferido pela
ingratidão humana, cai agonizante sobre a terra fria do Getsêmani. Ali está sozinho,
abandonado, sem ter quem o console, a ele que nunca recusou o conforto aos
atribulados, aos fracos, aos infelizes! Alma fiel, é chegado o momento de pagares ao
aflito Jesus amor com amor.
Que terias feito na noite da Paixão, se estivesses ao lado de Jesus agonizante? Meu
aflito Senhor, quero levantar-vos do solo. Quero oferecer-vos meu coração para
manter as cores da vossa face! Quero dizer-vos uma palavra que vos conforte! Meu
meigo Salvador, eu vos amo, eu vos amo! Quero procurar-vos amor, quero
proporcionar-vos amor, quero que todos vos amem, quero empregar toda a minha
vida para que sejais amado, sim, para que sejais muito amado, sempre amado,
eternamente amado por todos os vossos filhos.
Meu amável Jesus, disse-vos que estaria disposto a dar até a minha própria vida, isto
é, que estaria pronto a suportar qualquer sacrifício para vos tornar amado; mas,
quando encontrar alguma leve contrariedade, humilhação, recusa, repreensão,
indelicadeza, sofrerei tudo isso por amor de vós? Amo eu realmente o sacrifício?
Folgo de vos apresentar a mortificação de alguma paixão? Meu bom Jesus,
envergonho-me, e não sei o que vos hei de responder. Mas, aqui, perto de vós,
aqui, na escola da dor e do amor, quero aprender, ó meu doce Mestre, a mortificar-me,
a sacrificar-me por amor de vós.
Passam, entretanto, lentamente as horas da mortal agonia de Jesus. Ele, o Deus do
Céu e da terra, geme, prostrado no chão, sem ter quem o conforte. E os discípulos?
Que fazem eles? Dormem! Oh! Jesus, na noite de sua Paixão, havia de satisfazer
também pelo pecado do abandono dos seus queridos discípulos, e sentia em seu
coração toda a amargura desse abandono. Jesus, então, aceitou e mesmo desejou
esse sofrimento; mas agora, já não o quer: ao contrário, deseja que os seus filhos,
remidos com o seu sangue divino, velem, meditando na sua Paixão.
A maior parte dos homens, porém, dormem o sono dos ingratos, que consiste no
esquecimento daquele que tanto nos ama e nos quer. Oh! Excesso de ingratidão e
crueldade! Ó bom Jesus, não vos conhecemos! Se vos conhecêssemos, pensaríamos
sempre em vós, e o nosso coração não palpitaria senão por vós. Enquanto Jesus,
sozinho, geme e agoniza, prostrado por terra, eis que um Anjo do Céu vem
confortá-lo. Jesus, com a humildade de um filho obediente, acolhe o mensageiro do
Pai celestial, pronto a submeter-se às suas ordens. O Anjo, porém, vem para o
alentar, e não para lhe abrandar os sofrimentos nem para o livrar de sorver o
amaríssimo cálice.
Com efeito, o mensageiro celeste anima Jesus a afrontar a grande luta e a receber
todos os golpes que contra ele arremessará o Céu, o mundo e o inferno: o Céu,
porque a eterna justiça de seu Pai está para punir nele todas as iniquidades humanas;
o mundo, porque, não podendo suportar a santidade do Filho de Deus, lhe prepara
o patíbulo; o inferno, porque incitado pelo ódio contra o Santo dos santos, provoca
com maior violência a crueldade dos inimigos de Jesus, para mais barbaramente o
atormentarem.
Depois o Anjo exorta Jesus a beber, até a última gota, o cálice abominável das
perversidades humanas e a suportar o peso da Divina Justiça. Entretanto, justiça e
misericórdia esperam o Fiat de Jesus, com que se há de conciliar para sempre.
Espera-o o Céu, para se poder povoar de Santos: espera-o a terra, que anela por ver
cancelada pelo sangue do divino Redentor a maldição merecida pelo pecado;
esperam-no os justos, prisioneiros no seio de Abraão, para poderem voar ao
amplexo do Criador; esperam-no os sinceros mortais, para tornarem a ser filhos de
Deus e verem reabertas as portas do Paraíso.
Mas, quanto não vai custar esse Fiat ao meu Jesus! Ele, inocentíssimo, Santo e
Imaculado, tem de se revestir dos trajes de pecador, de criminoso! Tem de se fazer
réu, tornando próprias as nossas iniquidades! Isto imensamente o aflige e o faz
repetir: "Pai meu, se é possível, afasta este cálice!" (Mt 26,39).
Pronuncia o Fiat, e consente em tomar sobre si todos os nossos crimes, como se fora
culpado dos mesmos; aceita e atrai sobre si os terríveis castigos a nós destinados.
Fiar: Faça-se - diz aos espinhos, para expiar os nossos maus pensamentos. Fiat, aos
flagelos, para castigar em seu corpo inocente os nossos pecados sensuais. Fiat, aos
insultos, aos escarros, às bofetadas, para expiar o nosso orgulho. Fiar, ao vinagre e
ao fel, em satisfação dos nossos inúmeros pecados de língua e de gula. Fiat, à Cruz e
aos cravos, em reparação das nossas desobediências. Fiat àquelas três horas de
horrível agonia sobre o patíbulo, para cancelar todas as nossas culpas e reparar todos
os nossos males. Fiat, finalmente, à morte, para nos dar a vida eterna. Oh! Precioso
Fiat, que alegra o Céu, Fiat tem aqui sentido vastíssimo. Quer dizer:
Faça-se em tudo a vontade do Pai do Céu; estou inteiramente às disposições de sua
vontade; consinto em sofrer todos os tormentos da Paixão e Morte pela salvação do
mundo, salva o mundo e esmaga o inferno! Fiat, que parte cadeias e enxuga
lágrimas! Graças vos dou, ó bom Jesus, graças vos dou por tão generoso Fiat.
Bendigo-vos e agradeço-vos em nome de toda a humanidade. (Pausa)

Oferecimento

Pai Santo, que, em reparação de nossas rebeldias e desobediências, quisestes ser
honrado com o generoso Fiat de Jesus no Jardim das Oliveiras: eu vo-lo ofereço em
expiação de todas as ofensas que a vossa adorável Majestade recebeu de minha

rebelde vontade, suplicando-vos me concedais, pelos merecimentos desse mesmo
Fiat, perfeita docilidade e obediência. (Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)
Pai Santo, pela glória que vos resultou do generoso Fiat de Jesus no Horto, suplicovos
me perdoeis todas as minhas rebeliões e desobediências e me concedais a graça
de sempre viver plenamente submisso à vontade dos meus superiores por amor de
vós.

(Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)

Pai Santo, pela magnanimidade e dolorosas consequências que a Jesus custou o Fiat
do Getsêmani, suplico-vos me concedais a mim, a todas as almas que vos são
consagradas e a todos os cristãos aquele espírito de santa fortaleza, constância e
generosidade que afronta alegremente, para vossa glória, qualquer sacrifício.

(Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)

A Palavra suspirada
De infinito, ardente amor
Por Jesus é pronunciada
Com profunda e imensa dor!
Esse Fiat amoroso
Custa sofrimentos sérios:
Um patíbulo afrontoso,
Penas, dores, vitupérios.
"A perfeição consiste em sujeitar à Vontade de Deus."
(Santo Tomás de Aquino)

ÚLTIMO QUARTO DE HORA

O Sangue de Jesus e seus frutos
Jesus já proferiu o seu Fiat! Mas o esforço o faz cair novamente em terra,
agonizante, sob o enorme peso que sobre si tomou.
De um lado, aperta-o a Divina Justiça, considerando-o como vítima universal, em
que se reúnam todas as culpas e todas as penas; de outro, impele-o o desejo infinito
de cumprir a sua missão de Redentor do mundo, o que lhe antecipa o doloroso e tão
desejado Batismo de sangue.
Ah! Já agora o bom Jesus se pode considerar o trigo escolhido, triturado entre duas
mós de moinho, ou o sazonado cacho de uva, espremido no lagar. Realmente, pela
dor imensa que lhe confrange o coração, começa a suar sangue em tanta abundância,
que chega a banhar a terra do jardim.
Ó quanto custou a Jesus esse Fiat! Ó quanto teve que sofrer para pagar as nossas
dívidas! Que vergonha é para mim tudo isso! Pois recuso ainda os mais leves
sacrifícios, depois de ter visto o meu Deus tornar-se vítima espontânea por amor de
mim: "Foi oferecido porque ele mesmo quis"(Is 53,7).
Mas, para que, doce Jesus, para que vos consumirdes entre tantas dores, vós, que
com um só suspiro poderias salvar o mundo todo? Já o profeta predissera que a
redenção de Jesus seria abundante; e abundante realmente é, pois tão somente um
Deus podia cumprir tão grande obra! Jesus, porém ainda não está satisfeito: o seu
incompreensível amor quer, por meio de suas dores, depor em nossas mãos, como
coisa absolutamente nossa, o tesouro infinito de seus méritos, com que possamos
obter do Altíssimo todos os bens.
Que mais se poderia desejar?
Mas, há bens tão grandes, que o homem não ousaria pedir, nem tão pouco lhe
passaria pela mente podê-los conseguir. Porém a caridade infinita do nosso meigo
Salvador os premedita; e, com a voz do seu sangue, com os gemidos do seu coração
agonizante, a seu Pai nos implora a suma graça de sermos elevados até o amplexo da
Divindade na Santa Eucaristia, por ele mesmo instituída nessa noite de sua Paixão.
E como se tudo isso ainda não bastasse para saciar um amor que não conhece
limites, quer Jesus que se nos infunda, e em nossas almas permaneça o seu divino
Espírito, o Paráclito: "Pedirei a meu Pai", dissera ele nessa mesma noite, "pedirei a
meu Pai e ele vos enviará o Espírito Santo". E agora, aqui no Getsêmani derramando
sangue, cumpre o Senhor a sua promessa, tornando-nos dignos de receber o
Paráclito, elevando-nos assim ao grau supremo da felicidade, da graça e da glória.
Parece que nada mais pode Jesus fazer por nós; um desejo, todavia, tem ainda:
recorda-se de que o Pai lhe dissera: "Pede-me e dar-te-ei as nações como herança tua "; e
elevando ao Céu o rosto ensanguentado, roga ao Pai que lhe conceda que possa ter,
no seio das nações prometidas como herança, um grupo de almas escolhidas, que
sejam as esposas prediletas do seu Coração, e nas quais possa derramar a abundância
das graças por ele merecidas à custa de tantos sofrimentos: "Dá-me almas, dá-me
almas e podes tirar-me tudo. Almas, ó meu Pai, dá-me almas, e tudo te entregarei, até a minha
vida, que em prol das almas se consumirá no patíbulo. Dá-me almas.". E entre tantas
almas, Jesus escolhe também a tua, deseja-a e, gemendo, pede-a ao Pai, e por ela
renova, em particular, a oferta de si mesmo e de infinitas penas. Ó alma, ó alma,
quanto és amada por esse Deus, que, suando sangue, te escolheu, te quis, te abraçou
como sua esposa querida!Assim, como, daqui a pouco, do alto da Cruz, dirá a sua Mãe:"Eis o teu filho", 
e na pessoa de João lhe entregará todos os seus filhos remidos; da mesma forma agora,
no Getsêmani, a seu Pai se dirige, exclamando: - "Eis os teus filhos. Eu, teu filho por
natureza, tomo o lugar do homem pecador, para que tome este o meu lugar e se torne teu filho
pela graça. Para mim a pena, ó meu Pai, e perdão e paz para o pecador; para mim a morte,
para ele a vida; para mim o abandono. Ó meu Pai, para ele a perfeita, feliz e eterna união
contigo. Eis, eis os teus filhos! Abraça-os: o meu sangue purifica-os, torna-os belos e dignos de
ti. Pai meu, eu quero (nunca Jesus dissera eu quero, mais agora o diz) eu quero que as almas
que me deste constituam uma só coisa conosco, unificadas em nós, como também nós somos um.
Lembra-te, meu Pai, que me rebaixei a fazer-me homem, para que o homem fosse elevado até
Deus e reinasse na mesma glória por toda a eternidade". Eis os incompreensíveis mistérios
de amor, que se operam no Coração de um Deus! Eis os maravilhosos frutos do
sangue de Jesus! Silêncio, admiração e generoso amor: eis, ó alma remida, ó alma
esposa de um Deus humanado, tudo o que poderás oferecer ao teu Jesus em troca
desse grande, santo e infinito amor, com que se imola por ti.
(Pausa

Oferecimento

Pai Santo, com o coração compenetrado do mais vivo reconhecimento eu vos dou
graças, em nome de todos os homens, porque nos destes um Redentor tão bom e
tão generoso pelo qual com vantagem infinita temos readquirido os bens perdidos
pela culpa original. Ofereço-vos pela salvação de todos os remidos, o sangue que ele
derramou. Oh! Fazei que os frutos da Redenção, sejam tão copiosos quanto a
mesma Redenção, e que o bom Jesus seja por todos os filhos de Adão conhecido,
bendito, amado, glorificado por toda a eternidade.

(Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)

Pai Santo, eu vos ofereço o Precioso Sangue de Jesus, para implorar da vossa
misericórdia a exaltação e o incremento da Igreja Católica, a conversão de todos os
infiéis, de todos os hereges e de todos os pecadores, a perseverança dos justos e a
libertação das almas do Purgatório. Eu vô-lo ofereço para o maior bem dos meus
superiores e de todos os que são mais queridos E também vô-lo ofereço pela
santificação de minha alma e para obter a graça que ardentemente vos peço. (Aqui
se pede a graça.)

(Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)

Pai Santo, que tanto amastes o mundo, que lhe enviastes o vosso Filho unigênito,
sacrificando-o entre os maiores sofrimentos, fazei agora com que o mundo ame
realmente a Jesus, lhe seja reconhecido, o bendiga, o exalte, e que bem numerosas
sejam as almas a Ele perfeitamente unidas e constantemente fiéis, encontrando-se
nesse número também a minha pobre alma. Ofereço-vos os gemidos, as súplicas, as
agonias de Jesus no Getsêmani, como sangue por ele derramado, para que vos
digneis despertar nos corações de todos os cristãos uma vivíssima devoção aos
admiráveis mistérios da Redenção, e lhes infunda aquele generoso espírito de
sacrifício, que torna as almas semelhantes a Jesus.

(Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)

Ao divino Amante demos
Graças mil, de coração,
Pois que em seu sangue nós temos
Um penhor de salvação.
És, ó sangue, quem da morte,
Nossas almas libertou,
Quem trocou a nossa sorte,
Quem o Céu nos franqueou.
"Jesus Cristo com Sua Paixão nos livrou do poder do pecado, mas com a Eucaristia nos livra do
poder de pecar."
(Inocêncio III)

CONCLUSÃO

Mais um olhar ao teu Jesus, ó alma, filha do seu amor e das suas dores. As longas
horas da agonia no Getsêmani já se passaram, para dar lugar a uma série
interminável de tormentos e às últimas três horas da agonia sobre o patíbulo. Eis
Judas, que vem para trair o seu Mestre, e Jesus vai-lhe ao encontro, qual manso
cordeiro. Ah! Meu Jesus, terei de vos ver nos braços de um traidor? Ah! Não! Vinde
aos meus braços ou, antes, ao meu coração, ó bom Jesus, pois eu não quero
ofender-vos jamais, e sim amar-vos para sempre.

Comunhão espiritual

Ó meu Jesus, eu creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos
sobre todas as coisas e minha alma suspira por Vós. Mas como não posso recebervos
agora de maneira Sacramental, vinde ao menos, espiritualmente, ao meu
coração.
(pausa)
Abraço-me convosco, uno-me a Vós inteiramente. Não permitais que eu me separe
de Vós. Ó Jesus, sumo bem e doce amor meu, vulnerai e inflamai meu coração, a
fim de que esteja abrasado em Vosso amor para sempre.
Amém.




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