A finalidade deste Blog é divulgar as Vozes do Céu através das Mensagens dos Sagrados Corações de Jesus,Maria,José e do Divino Espírito Santo,dos Anjos e dos Santos,transmitidas ao Vidente Marcos Tadeu,nas Aparições de Jacareí-SP/Brasil. São as mais intensas,extraordinárias e últimas Mensagens dadas ao mundo para que se converta e tenha paz.Nestas Santas Aparições São José deseja que nos Consagremos a Ele ,que o invoquemos como Amantíssimo Coração de São José e também como
CORAÇÃO PATERNAL DE SÃO JOSÉ,para que Ele possa nos conduzir pelo caminho da Santidade e nos leve ao verdadeiro Amor a Jesus e Maria.

sábado, 25 de outubro de 2014

25 de outubro - Dia de Santo Antônio de Sant'Anna Galvão

Vida de São Frei Galvão

Santo Antonio de Sant'Anna Galvão
Frei Galvão
1739-1822

Frei Galvão: servo da Imaculada Conceição!
COM SANTO ANTÔNIO DE SANT’ANA GALVÃO
APRENDAMOS A AMAR MARIA SANTÍSSIMA!

O menino Antônio Galvão de França, cresceu cultivando desde pequeno, as devoções que aprendeu na sua família: à Maria Santíssima, à Senhora Sant’Ana, mãe de Maria e ao santo português, Santo Antônio de Lisboa, “o servo da mãe Imaculada”.
Depois de estudar durante seis anos com os jesuítas no Seminário de Belém da Cachoeira, na Bahia, recebendo sólida formação intelectual e religiosa com os filhos de Santo Inácio, tendo os jesuítas sido expulsos do Brasil pelo Marquez de Pombal, o jovem Antônio Galvão de França voltou ao seio de sua família.
Como o pai era franciscano da Ordem Terceira de São Francisco. Conhecendo os frades menores que viviam no Convento Santa Clara em Taubaté e sabendo do desejo do filho de buscar o ideal sacerdotal, o levou até eles que o encaminharam para o noviciado franciscano no convento São Boaventura de Macacu, em Porto das Caixas.
Lá o jovem recebeu o hábito de São Francisco, trocando seu nome para Frei Antônio de Sant’Ana Galvão. Como noviço viveu profunda experiência de Deus. Conheceu a regra dos Frades menores e a espiritualidade franciscana . Findo o ano de noviciado, foi aprovado para a profissão solene. E ao professar os votos solenes, Frei Antônio acrescentou esta fórmula, que era característica dos filhos de São Francisco, os grandes defensores da Imaculada Conceição: 

“E EU, SE NECESSÁRIO FOR, DAREI A MINHA VIDA PARA DEFENDER O PRIVILÉGIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO”.

Transferido para o convento Santo Antônio no Largo da Carioca, no Rio de Janeiro, após um ano e três meses de estudo de Teologia, Frei Galvão já recebeu a grande graça da ordenação sacerdotal.
Aos 27 anos foi transferido para São Paulo, para continuar sua formação filosófica e teológica. Pelo aprofundamento na sua formação e enriquecido pelas experiências do trabalho apostólico, acompanhando os frades nas missões, foi aos poucos amadurecendo a sua espiritualidade “franciscano/mariana”, que será seu distintivo ao longo de toda sua vida e que encontra sua expressão máxima na “filial entrega a Maria Santíssima, minha Senhora, digna Mãe e Advogada”, como filho e escravo perpétuo”. Entrega essa assinada com o próprio sangue, no dia 9 de novembro de 1766, 4 anos depois de sua ordenação sacerdotal, no convento São Francisco de Assis, tendo ele apenas 27 anos de idade.
Da devoção a Maria, nasceram as “pílulas de Frei Galvão”. Há muitas pessoas, leigas, mas sobretudo frades e padres, que têm grande dificuldade em aceitar as “pílulas” de Frei Galvão. Mas a grande verdade é que elas só poderão ser entendidas a partir de sua profunda piedade “franciscano/mariana”. A santidade proclamada já em vida pelo povo de São Paulo, bispo, câmara municipal e todos os que tiveram a graça de conhecê-lo, só foi propagada após a sua morte, devido às “pílulas de Frei Galvão” que da forma mais discreta possível, continuaram a ser distribuídas pelas Irmãs Concepcionistas no Mosteiro da Luz, durante mais de 180 anos na “Redoma do locutório do Mosteiro”.
Queiram os mais céticos críticos aceitar ou não, mas a beatificação e canonização, acontecidas quase dois séculos após a morte de Frei Galvão, só se tornou realidade, porque a santidade proclamada em vida, culminou com a graça de o Brasil ter o seu primeiro santo nascido nesta terra. Devoto, filho e servo de Maria Santíssima, Imaculada Conceição.
O brasileiro Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, São Paulo. Seu pai era Antônio Galvão de França, capitão-mor da província e terciário franciscano. Sua mãe era Isabel Leite de Barros, filha de fazendeiros de Pindamonhangaba. O casal teve onze filhos. Eram cristãos caridosos, exemplares e transmitiram esse legado ao filho. 

Quando tinha treze anos, Antônio foi enviado para estudar com os jesuítas, ao lado do irmão José, que já estava no Seminário de Belém, na Bahia. Desse modo, na sua alma estava plantada a semente da vocação religiosa. Aos vinte e um anos, Antônio decidiu ingressar na Ordem franciscana, no Rio de Janeiro. Sua educação no seminário tinha sido tão esmerada que, após um ano, recebeu as ordens sacerdotais, em 1762. Uma deferência especial do papa, porque ele ainda não tinha completado a idade exigida. 

Em 1768, foi nomeado pregador e confessor do Convento das Recolhidas de Santa Teresa, ouvindo e aconselhando a todos. Entre suas penitentes encontrou irmã Helena Maria do Sacramento, figura que exerceu papel muito importante em sua obra posterior. 

Irmã Helena era uma mulher de muita oração e de virtudes notáveis. Ela relatava suas visões ao frei Galvão. Nelas, Jesus lhe pedia que fundasse um novo Recolhimento para jovens religiosas, o que era uma tarefa difícil devido à proibição imposta pelo marquês de Pombal em sua perseguição à Ordem dos jesuítas. Apesar disso, contrariando essa lei, frei Galvão, auxiliado pela irmã Helena, fundou, em fevereiro de 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência. 

No ano seguinte, morreu irmã Helena. E os problemas com a lei de Pombal não tardaram a aparecer. O convento foi fechado, mas frei Galvão manteve-se firme na decisão, mesmo desafiando a autoridade do marquês. Finalmente, devido à pressão popular, o convento foi reaberto e o frei ficou livre para continuar sua obra. Os seguintes quatorze anos foram dedicados à construção e ampliação do convento e também de sua igreja, inaugurada em 1802. Quase um século depois, essa obra tornar-se-ia um "patrimônio cultural da humanidade", por decisão da UNESCO. 

Em 1811, a pedido do bispo de São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba. Lá, permaneceu onze meses para organizar a comunidade e dirigir os trabalhos da construção da Casa. Nesse meio tempo, ele recebeu diversas nomeações, até a de guardião do Convento de São Francisco, em São Paulo. 

Com a saúde enfraquecida, recebeu autorização especial para residir no Recolhimento da Luz. Durante sua última enfermidade, frei Galvão foi morar num pequeno quarto, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e conforto. Ele faleceu com fama de santidade em 23 de dezembro de 1822. Frei Galvão, a pedido das religiosas e do povo, foi sepultado na igreja do Recolhimento da Luz, que ele mesmo construíra. 
Depois, o Recolhimento do frei Galvão tornou-se o conhecido Mosteiro da Luz, local de constantes peregrinações dos fiéis, que pedem e agradecem graças por sua intercessão. Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998, e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa Bento XVI, em São Paulo, Brasil.

FOTOS DA FESTA DE FREI GALVÃO NO SANTUÁRIO DAS APARIÇÕES DE JACAREÍ-SP-BRASIL EM 2012







 

 Antônio de Sant’Anna Galvão
(1739-1822) 

Hoje, com quinhentos anos de história, o Brasil pode finalmente apresentar ao mundo o seu primeiro Beato, Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, nascido em Guaratinguetá, no Estado de São Paulo, cidade não distante do Santuário nacional de Nossa Senhora Aparecida. Frei Galvão nasceu em 1739 de uma família profundamente piedosa e conhecida pela sua grande caridade para com os pobres. Baptizado com o nome de Antônio Galvão de França, depois de ter estudado com os Padres da Companhia de Jesus, na Bahia, entrou na Ordem dos Frades Menores em 1760. 

Foi ordenado Sacerdote em 1762 e passou a completar os estudos teológicos no Convento de São Francisco, em São Paulo, onde viveu durante 60 anos, até à sua morte ocorrida a 23 de Dezembro de 1822. 

A vida de Frei Galvão foi marcada pela fidelidade à sua consagração como sacerdote e religioso franciscano, e por uma devoção particular e uma dedicação total à Imaculada Conceição, como «filho e escravo perpétuo». Além dos cargos que ocupou dentro da sua Ordem e na Ordem Terceira Franciscana, ele é conhecido sobretudo como fundador e guia do Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição, mais conhecido como «Mosteiro da Luz», do qual tiveram origem outros nove mosteiros. Além de Fundador, Frei Galvão foi também o projetista e construtor do Mosteiro que as Nações Unidas declararam Patrimônio cultural da humanidade. 

Enquanto ele ainda vivia, em 1798 o Senado de São Paulo definiu-o «homem da paz e da caridade», porque era conhecido e procurado por todos como conselheiro e confessor, além de o franciscano que aliviava e curava os doentes e os pobres, no silêncio da noite. 

Frei Galvão convida-nos a crescer em santidade e na devoção a Nossa Senhora da Conceição e deixa a todos nós brasileiros a grata mensagem de sermos pessoas da paz e da caridade, sobretudo para com os pobres e os marginalizados. 

Com muita fé dizemos: «Frei Galvão, intercede pelo teu e nosso Brasil!». 

Biografia de São Frei Galvão

Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, OFM, mais conhecido como Frei Galvão ( Guaratinguetá, 1739 — São Paulo, 23 de dezembro de 1822) foi um frade católico e primeiro santo nascido no Brasil. Foi canonizado pelo papa Bento XVI durante sua visita ao Brasil (São Paulo) em 11 de maio de 2007.
Morreu aos 83 anos de idade.

BIOGRAFIA

O pai, Antônio Galvão de França, nascido em Portugal, era o capitão-mor da vila. Sua mãe, Isabel Leite de Barros, era filha de fazendeiros, neta de Luzia Leme, irmã de Pedro Dias Paes Leme e tia de Fernão Dias Paes Leme, o Caçador de Esmeraldas.
Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política. O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou o filho com a idade de treze anos para o Colégio de Belém, dos padres jesuítas, na Bahia, onde já se encontrava seu irmão José.
Lá fez grandes progressos nos estudos e na prática cristã, de 1752 a 1756. Queria tornar-se jesuíta, mas por causa da perseguição movida contra a Ordem pelo Marquês de Pombal, seu pai o aconselhou a entrar para os franciscanos, que tinham um convento em Taubaté, não muito longe de Guaratinguetá. Assim, renunciou a um futuro promissor e influente na sociedade de então, e aos 16 anos, entrou para o noviciado na Vila de Macacu, no Rio de Janeiro.
A 16 de abril de 1761 fez seus votos solenes, na Ordem dos Frades Menores, dentro do território da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Um ano após foi admitido à ordenação sacerdotal, pois julgaram seus estudos suficientes.

ORDENAÇÃO

Ordenado padre na Igreja de Santo Antônio do Largo da Carioca (Rio de Janeiro), no dia 11 de julho de 1762. Morou pouco tempo no Largo da Carioca, foi completar os estudos em São Paulo, onde viveu praticamente a vida inteira. Esteve no Rio de Janeiro por mais 3 vezes para participar de Capítulos da Ordem. O caminho de ida e volta era feito a pé. Costumava também percorrer os caminhos do Vale do Paraíba, Vale do Tietê, e vilas litorâneas também a pé. 
Foi então mandado para o Convento de São Francisco em São Paulo a fim de aperfeiçoar os seus estudos de filosofia e teologia, e exercitar-se no apostolado. Data dessa época a sua "entrega a Maria", como seu "filho e escravo perpétuo", consagração mariana assinada com seu próprio sangue a 9 de março de 1766.
Terminados os estudos foi nomeado Pregador, Confessor dos Leigos e Porteiro do Convento, cargo este considerado de muita importância, pela comunicação com as pessoas e o grande apostolado resultante. Em 1769-70 foi designado confessor de um recolhimento de piedosas mulheres, as "Recolhidas de Santa Teresa", em São Paulo.

FUNDAÇÃO DE NOVO RECOLHIMENTO

Neste recolhimento encontrou Irmã Helena Maria do Espírito Santo, religiosa que afirmava ter visões pelas quais Jesus lhe pedia para fundar um novo recolhimento. Frei Galvão, ouvindo também o parecer de outras pessoas, considerou válidas essas visões. No dia 2 de fevereiro de1774 foi oficialmente fundado o novo recolhimento e Frei Galvão era o seu fundador.
Em 23 de fevereiro de 1775, um ano após a fundação, Madre Helena morreu repentinamente. Frei Galvão tornou-se o único sustentáculo das Recolhidas. Enquanto isso, o novo capitão-general da capitania de São Paulo retirou a permissão e ordenou o fechamento do Recolhimento. Fazia isso para opor-se ao seu predecessor, que havia promovido a fundação. Frei Galvão foi obrigado a aceitar e também as recolhidas obedeceram, mas não deixaram a casa e resistiram. Depois de um mês, graças a pressão do povo e do Bispo, o recolhimento foi aberto.
Devido ao grande número de vocações, viu-se obrigado a aumentar o recolhimento. Durante catorze anos cuidou dessa nova construção (1774-1788) e outros catorze para a construção da igreja (1788-1802), inaugurada aos 15 de agosto de 1802. Frei Galvão foi arquiteto, mestre de obras e até mesmo pedreiro. A obra, hoje o Mosteiro da Luz, foi declarada "Patrimônio Cultural da Humanidade" pela UNESCO.
Frei Galvão, além da construção e dos encargos especiais dentro e fora da Ordem Franciscana, deu toda a atenção e o melhor de suas forças à formação das Recolhidas. Era para elas verdadeiro pai e mestre. Para elas escreveu um estatuto, excelente guia de disciplina religiosa. Esse é o principal escrito de Frei Galvão, e que melhor manifesta a sua personalidade.
Em várias ocasiões as exigências da sua Ordem Religiosa pediam que se mudasse para outro lugar para realizar outras funções, mas tanto o povo e as Recolhidas, como o bispo, e mesmo a Câmara Municipal de São Paulo intervieram para que ele não saísse da cidade. Diz uma carta do "Senado da Câmara de São Paulo" ao Provincial (superior) de Frei Galvão: "Este homem tão necessário às religiosas da Luz, é preciosíssimo a toda esta Cidade e Vilas da Capitania de São Paulo, é homem religiosíssimo e de prudente conselho; todos acorrem a pedir-lho; é homem da paz e da caridade".
Frei Galvão viajava constantemente pela capitania de São Paulo, pregando e atendendo as pessoas. Fazia todos esses trajetos sempre a pé, não usava cavalos nem a liteira levada por escravos. Vilas distantes sessenta quilômetros ou mais, municípios do litoral, ou mesmo viajando para o Rio de Janeiro, enfim, não havia obstáculos para o seu zelo apostólico. Por onde passava as multidões acorriam. Ele era alto e forte, de trato muito amável, recebendo a todos com grande caridade.

FENÔMENOS MÍSTICOS E CANONIZAÇÃO

Frei Galvão era homem de muita e intensa oração, e dele se atestam certos fenômenos místicos, como os êxtases e a levitação. São famosos em sua vida os casos de bilocação: estando em determinado lugar, aparecia de repente em outro, para atender a um doente ou moribundo que precisava da sua atenção.
Era também procurado para a cura, em tempos em que não havia recursos e ciência médica como hoje. Numa dessas ocasiões, escreveu num pedaço de papel uma frase em latim do Ofício de Nossa Senhora: Post partum Virgo Inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis, que poderia ser traduzida assim: "Depois do parto, Ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós!". Enrolou o papel em forma de pílula e deu a um jovem que estava quase morrendo por fortes cólicas renais. Imediatamente cessaram as dores e ele expeliu um grande cálculo. Logo veio um senhor pedindo orações e um 'remédio' para a mulher que estava sofrendo em trabalho de parto. Frei Galvão fez novamente uma pilulazinha, e a criança nasceu rapidamente. A partir daí teve que ensinar as irmãs do recolhimento a confeccionar as pílulas e dar às pessoas necessitadas, o que elas fazem até hoje.
Em 1811, a pedido do bispo de São Paulo, Dom Mateus de Abreu Pereira, Frei Galvão fundou o Recolhimento de Santa Clara em Sorocaba, onde permaneceu por onze meses para encaminhar a nova fundação e comunidade. Posteriormente, após a sua morte, outros mosteiros foram fundados por essas duas comunidades, seguindo assim, a orientação deixada pelo beato.

MORTE

Faleceu em 23 de dezembro de 1822 e a pedido do povo e das irmãs foi sepultado na Igreja do Recolhimento da Luz, que ele mesmo construíra. Seu túmulo sempre foi lugar de contínuas peregrinações.
Em 25 de outubro de 1998, foi beatificado pelo papa João Paulo II, tornando-se o primeiro beato brasileiro.
O papa Bento XVI reconheceu em 16 de dezembro de 2006 o segundo milagre do frade franciscano Antônio de Sant'Ana Galvão (1739-1822). Com isso, ele é o primeiro brasileiro nato a ser declarado santo pelo Vaticano. A canonização aconteceu em 11 de maio de 2007 durante missa campal que o papa Bento XVI celebrou em São Paulo em 11 de maio durante sua visita ao Brasil.

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MILAGRES E DONS DE FREI GALVÃO ( SANTO ANTÔNIO DE SANTANA GALVÃO) - BILOCAÇÃO, CLARIVIDÊNCIA, LEVITAÇÃO

Os Dons de Frei Galvão

Por causa do imenso amor e caridade de seu Servo, Deus o agraciou com diversos dons, dos quais jamais serviu-se em interesse próprio,ao contrário, sempre os colocou a serviço da misericórdia divina. 

Todos os casos narrados foram devidamente comprovados por documentos.

São eles: Bilocação (estar em mais de um lugar ao mesmo tempo), clarividência (vê o que está para acontecer), levitação(erguer-se acima do solo) e telepercepção (adquirir conhecimento de fatos ocorridos a grandes distâncias).

Relatamos a seguir alguns casos. Àqueles que se interessarem por mais detalhes da vida de nosso querido “padre santo” devem procurar na Editora Santuário o livro “Frei Galvão: O frade menor que São Paulo aprisionou”, de autoria de Frei Carmelo Surian:



Bilocação



Pelo que consta, o fato ocorreu por volta de 1810, às margens do rio Tietê, no distrito de Potunduva (Airosa Galvão) municipio de Jaú, próximo à Pederneiras e Bauru.

Manuel Portes, capataz de uma expedição de vinha de Cuiabá, homem de temperamento instável,castigou severamente o caboclo Apolinário por indisciplina. 

Ao notar o capataz distraído, o caboclo, por vingança, o atacoupelas costas com um enorme facão, e fugiu.

Sentindo que a vida abandonava-lhe o corpo, Manuel Portes, no auge de desespero pôs-se a gritar: 

“Meu Deus, eu morro sem confissão!

Senhor Santo Antônio, pedi por mim! 

Dai-me confessor! 

Vinde, Frei Galvão, assistir-me! 

Eis que então alguém gritou, avisando que um frade se aproximava, e todos identificaram Frei Galvão. 

Assim contaram as testemunhas: “aproximou-se o querido sacerdote, afastou com um gesto dos espectadores da trágica cena, abaixou-se, sentou-se, pôs a cabeça de Portes sobre o colo e falou-lhe em voz baixa, encostando-lhe depois o ouvido aos lábios.

Ficou assim alguns instantes, findo os quais abençoou o expirante. Levantou-se, então, fez um gesto de adeus e afastou-se de modo tão misterioso quanto aparecera”.


Afirma-se que naquele instante Frei Galvão encontrava-se em São Paulo, pregando. Interrompeu-se, pediu uma Ave-Maria por um morimbundo e, acabada a oração, prosseguiu a pregação.

Há outros casos semelhantes, principalmente relatos de socorro de Frei Galvão aos moribundos.

Outra narração impressionante:

O seguinte testemunho foi do Dr. Afonso d’Escragnole Taunay: 

“Um cavaleiro que passava alta madrugada por São Paulo viu Frei Galvão sentado à soleira de entrada de uma casa.

Ofereceu-lhe o cavalo, propondo-se a acompanha-lo até o Recolhimento, fazendo-se ver que ele se arriscava a adoecer, imobilizado, como estava, sob tão áspera temperatura e sob garoa. Frei Galvão agradeceu a oferta, porém não aceitou, argumentando que precisava demorar-se aonde estava, tendo para tanto motivos fortes. O cavaleiro não insistiu e seguiu viagem. 

Dela voltando, soube do fato que impressionara muito a cidade, e fê-lo estremecer: na manhã seguinte foi achado morto em sua própria casa, um homem rico que vivia solitário, avarento e agiota. 

Era exatamente o morador do prédio em cuja soleira estava “Frei Galvão”.

Clarividência

Uma menina foi levada à presença de Frei Galvão. No decorrer da conversa, perguntou à ela sobre o que desejava ser. Respondeu que queria ser freira. Frei Antonio a abençoou com carinho e profeticamente lhe confirma a vocação. De fato, aos 19 anos ela ingressa em um Convento.

Levitação

No Mosteiro da Luz há viários testemunhos sobre a capacidade de Frei Galvão tinha de levitar. Dentre eles, há o relato de uma senhora nos seguintes têrmos: caminhando em plena rua, pôde observar o Frade que se aproximava todo recolhido. 


Ao se cruzarem, ela exclamou, espantada:“Senhor Padre, vossemecê anda sem pisar no chão?”

E o Frei sorriu, saudou e seguiu diante.

Telepercepção

Antigamente, quando os sinos badalavam fora de horário de reza, a comunidade se reunia pois sabia que algo de extraordinário acontecera. 

Certo dia, os sinos do Mosteiro tocaram e a população atendeu a convocação.

Frei Galvão, então já bem idoso, anunciou: “Rebentou em Portugal uma revolução” (talvez a de 1820). E relatou detalhes como se estivesse assistindo a tudo pessoalmente. 

Semanas depois, chegaram notícias confirmando as visõesde Frei Galvão.

Os milagres

A mulher grávida

Em uma fazenda, distante léguas de São Paulo, uma mulher, gravemente enferma em melindroso parto, clamava por Frei Galvão.


Seu marido acorreu ao Mosteiro da Luz, à procura do Frade, que se achava, no entanto, de viagem ao Rio de Janeiro. Retornando à fazenda, ele se surpreendeu ao encontrar a esposa livre de todo perigo, estando muito grata à Frei Galvão que, durante a noite, a tinha ouvido em confissão, abençoando a seguir a água de um copo, que ela bebeu, o que foi o bastante para que se normalizasse seu estado.

O homem partiu então para o Rio de Janeiro para agradecer ao Frade. 

Lá, foi informado pelo Guardião do Convento que “Frei Galvão não arredou pé daqui”. 

Interrogado a respeito, Frei Galvão respondeu: “Como se deu, não sei; mas a verdade é que naquela noite lá estive”.

O lenço

Os familiares de um senhor, que adoecera gravemente em Taubaté, lembraram-no de que deveria se confessar, preparando-se “para fazer a viagem à outra vida”. 

Informados por ele de que já se havia confessado com Frei Galvão, riram-se todos, pois o santo frade não se encontrava naquela ocasião em Taubaté. 

Como o caso urgisse, dada a gravidade da doença, insistiram em suas confissão.

O doente tirou, então, de sob o travesseiro um lenço, que pertencia a Frei Galvão, e que o frade havia esquecido sobre sua cama durante a confissão. 

Ninguém duvidou mais da presença do Frade, “pois o seu dom de bilocação já era notório em toda a Capitania de São Paulo”.

Por gratidão a Frei Galvão, podem ser encontrados inúmeros “Galvão de promessa”. Trata-se de pessoas que, em seu batismo e em seu registro de nascimento, recebem dois pais esse sobrenome, como pagamento de promessa por graças alcançadas.

Os fiéis e a chuva

Aconteceu em Guaratinguetá.Frei Galvão apenas iniciava seu sermão quando se formou grande tempestade.Quando viram que a tormenta desabava, muitos fiéis pensaram em se retirar.

Lendo seus pensamentos, Frei Galvão lhes disse que ficassem, pois que nada sofreriam. 

De fato, o temporal que assolou a cidade não caiu sobre o Largo da Matriz, onde todos “puderam acabar de ouvir a prática que, como sempre, produziu grandes frutos para as almas”.

O frango do diabo

Residia em Itu um escravo liberto que, ficando doente, fez promessa de levar a Frei Galvão “uma vara de frangos” caso sarasse, o que de fato aconteceu. 

Por essa razão, amarrando as aves em uma vara, pôs-se a caminho. Aconteceu que ao meio da jornada três frangos lhe escaparam. Recolhei facilmente dois. O terceiro, um “carijó”, fugiu velozmente, irritando o velho, que gritou impaciente: volta aqui, frango do diabo! 

Nesse momento, entrando em uma moita de espinhos, o frango se deixou apanhar. Após a caminhada, o liberto foi alegremente entregar seu presente ao Frade, que aceitou todas as aves, menos a “carijó”: 

- Porquê este frango, já o deste ao diabo! – disse-lhe ele.

Certo dia, Frei Galvão foi procurado por um senhor muito aflito, porque sua mulher estava em trabalho de parto e em perigo de perder a vida.

Frei Galvão escreveu em três papelinhos o versículo do Ofício da Santíssima Virgem: 

Pos partum Virgo, Inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis (Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós).

Deu-os ao homem, que por sua vez levou-os à esposa.

A mulher ingeriu os papelinhos, que Frei Galvão enrolara como uma pílula, e a criança nasceu normalmente.

Caso idêntico deu-se com um jovem que se estorcia com dores provocadas por cálculos visicais. Frei Galvão fez outras pílulas semelhantes e deu-as ao moço. 

Após ingerir os papelinhos, o jovem expeliu os cálculos e ficou curado.

Esta foi a origem dos milagrosos papelinhos, que, desde então, foram muito procurados pelos devotos de Frei Galvão, e até hoje o Mosteiro fornece para pessoas que têm fé na intercessão de Servo de Deus.

Milagre da beatificação - Daniela (1990)

Aconteceu em 1990 em São Paulo, com a menina Daniela, que aos 4 anos de idade teve complicações bronco-pulmonarese crises convulsivas.

Foi então internada na UTI do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, com diagnóstico de encefalopatia hepática por consequência da hepatite causada pelo vírus A, insuficiência hepática grave, insuficiência renal aguda, intoxicação por causa de metocloropramida e hipertensão.

Os sintomas acima a levaram a uma parada cardio-respiratória que evoluiu com epistaxe, sangramento gengival, hematúria, ascite, broncopneumonia, parotidite bilateral, faringite, e mais duas infecções hospitalares.

Após 13 dias de UTI, os familiares, amigos, vizinhos e religiosas do Mosteiro da Luz rezaram e deram a menina as pílulas de Frei Galvão.

Em 13 de junho de 1990, a menina Daniela deixou a UTI e, em 21 de junho teve alta do hospital considerada curada.

O pediatra que a acompanhou atestou perante o Tribunal Eclesiástico que: 

"atribuo à intervenção divina, não só a cura da doença, mas a recuperação total dela".

DANIELA

Milagre da Canonização - Sandra (1999) 

Aconteceu em 1999, em São Paulo, com a paulistana Sandra Grossi de Almeida.Após três abortos espontâneos no passado devido a um problema de má formação do útero, em 1999 Sandra ficou grávida. 

Os médicos não acreditavam que a gestação pudesse chegar ao fim.

Seu útero era bicorne, com duas cavidades muito pequenas e assimétricas, como se fosse uma parede. Tal formação não pode ser corrigida por cirurgia, tornando impossível levar qualquer gestação até o fim.

As previsões de complicação do parto eram péssimas, mas mesmo assim, contrariando o prognóstico médico de que a gestação não chegaria ao 5º mês, Sandra rezava e tomava as pílulas de Frei Galvão durante toda a gestação. Na 32º semana, em 11 de dezembro, o parto cesariano foi realizado após a ruptura da bolsa, sem complicações.

SANDRA E SEU FILHO ENZO

Nasceu Enzo de Almeida Galafassi, com problemas respiratórios de risco. Entretanto, no dia 12 de dezembro, a criança não apresentava qualquer sinal de doença e foi liberada do hospital no dia 19 do mesmo mês.

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Vida de São Frei Galvão por Frei Carmelo Surian

Ele nasceu às margens do magnífico rio Paraíba, na simpática Guaratinguetá, em território paulista, a meio caminho entre São Paulo e Rio de Janeiro, vizinha à cidade de Aparecida. Guaratinguetá, no tempo do pequeno Antônio, devia ostentar bem mais a sua condição de “cidade das garças brancas”.(p.25). 

Outro aspecto a ser considerado: o jovem Antônio estudou em Seminário Jesuíta, ingressou e professou na Ordem dos Frades Menores e foi ordenado sacerdote na cidade do Rio de Janeiro.(p.27). 

Testemunho sobre o pai de Frei Galvão 

Sobre a inexcedível caridade do pai de Frei Galvão, declara Dona Balduína Galvão de Castro Mafra, uma descendente da família: …Todos os dias ia assistir à Santa Missa, e , quando doente, fazia-se levar para a igreja em sua cadeirinha. Certa manhã, demorou a chegar. Uma velhinha, sentada nos degraus da escada, que dava para a igreja, adormeceu e em sonho viu a alma de seu grande benfeitor, e juntamente os anjos e demônios lutando por sua posse. Mas no mesmo instante, uma grande multidão de pobres acorreu de todos os lados em auxílio dos anjos e assim os demônios foram vencidos. A grande caridade que em sua vida sempre praticara com os pobres, lhe granjeara a salvação.(p.28). 

Ordenação

Na sua caminhada para a ordenação sacerdotal, Frei Galvão colheu com júbilo os frutos da formação que recebera dos jesuítas, em Belém. Em vez de três anos de preparação, bastou-lhe apenas um!…Dessa forma, foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro pelo Bispo beneditino Dom Frei Antônio do Desterro, em junho de 1762, com apenas 23 ou 24 primaveras.(p.41).

Consagração à Maria

Em 1766, ele assina, com seu próprio sangue, uma cédula de consagração irrevogável à Virgem Santíssima: “…vos peço pela paixão, morte e Chagas do Vosso Filho, pela Vossa pureza e Conceição Imaculada”…(Ms-42).(p.48).

Obediência

Assim foi com Frei Antônio de Sant’Anna Galvão. Simplesmente obedeceu durante toda a sua prolongada vida religiosa, abraçado à Regra Franciscana: por obediência exerceu com carinho e competência seus cargos de porteiro, pregador e confessor; por obediência se encontrou com a Irmã Helena por obediência heróica fechou o Conventinho recém-nascido, por obediência tornou a abri-lo; (p.70).

Renuncia a si mesmo

Com a naturalidade e a segurança de quem rewconhece que todos os bens são por raiz, do Pai Criador, renunciou sua herança e sua própria família…passou a vestir-se e calçar-se como frade menor, morando, dormindo e comendo com extrema modéstia. Quando comia no Mosteiro que estava construindo queria o resto das refeições das Irmãs…de preferência caminhava a pé, mesmo em viagens como São Paulo-Rio e vice-versa, e tudo para seguir a pobreza do Senhor Jesus…

Partilha

O santo franciscano, na medida do possível, escondidamente pagava as contas, e dava ciência disso aos beneficiados, por terceiros, revelando fidalguia, respeito.(p.72).

Reconciliação

Itu vivia sob a tensão de duas famílias que se odiavam mortalmente. Frei Antônio para lá se dirigiu, no intuito de tentar reconciliá-las. No entanto, por mais que argumentasse, em seu sermão público, para levá-los a cumprir o difícil dever cristão de caridade, nada conseguia. Então mudando de táticas, declarou que seus pecados eram a causa da ineficiência das suas palavras, e passou a flagelar-se publicamente…Assim arrancou a graça do alto:operou-se a paz, a reconciliação.(p.94).

Não julgava o próximo

A mansidão extrema de nosso Santo Frade muito se devia a sua disciplina de jamais julgar o próximo. (p.76)

Que nunca se julgue a criatura alguma, porque o julgar é reservado só a Deus; e se vier alguma coisa que não pareça boa que tudo bote à parte, nunca julgando mal de ninguém; se a ação não parecer boa, que não a façamos, mas, nunca julgando mal, porque só Deus é o verdadeiro juiz e só a Ele toca julgar o próximo. É virtude esta muito recomendada por Sr. Padre, que nunca, nunca julguemos ninguém.(MS-133).(p.95)

Bilocação

Quando seus devotos não podiam vir a ele, Frei Galvão, na sua imensa misericórdia, é que dava um jeito de achegar-se a eles. (p.87).

Reconhecimento de um autêntico Cristão

“Se forem de Deus, deixam grande conhecimento da própria vileza, deixam amor às virtudes, desprezo do mundo e de si próprio, desejos de perfeição, paz, segurança, tranqüilidade, tudo na alma.”(p.96).

Fonte: Frei Carmelo Surian – Vida de Frei Galvão. Editora Santuário. 1997.

Como todo e qualquer outro religioso que ‘apareça’, Frei Antônio sofreu a perseguição da maledicência dos mundanos: aqui era um ‘bajulador de ricos’; lá um galanteador dos fiéis…; acolá os ‘motins’ do clero contra o projeto da Irmã Helena…(p.98).



Certo dia, Frei Galvão foi procurado por um senhor muito aflito, porque sua mulher estava em trabalho de parto e em perigo de perder a vida.
Frei Galvão escreveu em três papelinhos o versículo do Ofício da Santíssima Virgem: Pos partum Virgo, Inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis (Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós).

Deu-os ao homem, que por sua vez levou-os à esposa. A mulher ingeriu os papelinhos, que Frei Galvão enrolara como uma pílula, e a criança nasceu normalmente.
Caso idêntico deu-se com um jovem que se estorcia com dores provocadas por cálculos visicais.

Frei Galvão fez outras pílulas semelhantes e deu-as ao moço. Após ingerir os papelinhos, o jovem expeliu os cálculos e ficou curado.

Esta foi a origem dos milagrosos papelinhos, que, desde então, foram muito procurados pelos devotos de Frei Galvão, e até hoje o Mosteiro fornece para pessoas que têm fé na intercessão de Servo de Deus.

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As pílulas-de-frei-galvao

Tio Carlos estava sentado em sua poltrona preferida e sorriu quando Alice perguntou: 

— E as “pílulas de Frei Galvão”?...

Ainda sorrindo, ele começou a falar: 

— Romualdo era um moço forte que vivia com seus pais numa chácara perto de São Paulo. Era devoto de Nossa Senhora e rezava o terço todos os dias. 

Seus pais iam sempre assistir às missas de Frei Galvão e gostavam de ouvir os sermões dele. 

Romualdo já tinha ouvido falar de Frei Galvão e gostaria de conhecê-lo... Mas, ele era meio... 

— Preguiçoso...


— Sim, Cláudia. Era meio relaxado, tinha preguiça de ir à missa. Certamente Romualdo não imaginava que um fato extraordinário o colocaria frente a frente com nosso Santo Frei Galvão. 

Seria um encontro não planejado, numa hora inesperada... E de um jeito que ninguém poderia imaginar. 

— Huuum... Quanto mistério, Tio Carlos... Comenta Bruno. 

— é que as coisas aconteceram assim mesmo. 

Um dia, Romualdo estava preparando a terra para plantar café. Ele fez um movimento mais forte e sentiu uma dor terrível nos rins... Parecia que uma faca tinha penetrado nele e arranhava tudo por dentro...

— Que doença é essa, Tio Carlos? O senhor é médico... 

— é a “Litíase biliária”... é um nome grego, Jairo. Ele quer dizer que a pessoa tem “cálculos”, “pedras”, nos rins! Qualquer movimento que a pessoa faz causa uma dor enorme. E se ficar quieto... dói também! é das piores dores que existem... 

— Ninguém veio ajudá-lo? Queria saber Bia.

— Ele gritava demais... Gritava tanto que, de longe, seus pais ouviram a sua gritaria e foram ver o que estava acontecendo. 

E se espantaram: o filho estava caído no chão, rolando de tanta dor... 

Coitados... Não sabiam como ajudá-lo... 

— Meu Deus! Dá até para desesperar... 

— Sim, mas, mesmo nessa situação terrível, os pais não se desesperaram. Eles eram bons católicos, tinham fé... E, quem tem fé não se desespera... Sem saber o que fazer, a mãe pôs-se logo a rezar...

— Ainda bem... 

— Enquanto ela rezava, em seu coração de mãe nasceu uma idéia que foi a salvação para Romualdo... Ela disse ao marido: 

— Depressa! Vamos levar nosso filho até Frei Galvão! 

— Conseguiram com um vizinho uma espécie de carroça chamada “charrete”, deitaram Romualdo no banco e tocaram os cavalos a toda pressa... 

— Para onde?

— Para o Mosteiro da Luz, Jairo. Foram pedir socorro a Frei Galvão... Correram tanto que até parecia que o caminho tinha ficado mais curto... 

Chegando ao Mosteiro, o próprio Frei Galvão veio atendê-los como se já estivesse sabendo...

Romualdo já nem falava mais... O tempo todo, apenas gemia... Com os olhos arregalados, o rapaz parecia pedir socorro ao nosso Santo. Frei Galvão teve pena deles... 

— Mãe de Deus! é tudo muito impressionante!... Exclama Bruno. 

— Eles estavam bem na porta da Capela do Mosteiro. Frei Galvão voltou-se para a imagem de Nossa Senhora que fica sobre o altar e parou alguns instantes em oração... 

— Ele se comunicava com Deus?

— Exatamente, Alice... E, naquela hora, ele teve uma inspiração que só pode ter vindo do Céu: Frei Galvão pegou umas tiras de papel e escreveu nelas: “Post partum Virgo Inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis.”

— O que isso quer dizer?

— é uma frase do Ofício de Nossa Senhora. Ela significa “Depois do parto, Vós permanecestes sempre Virgem: Mãe de Deus, intercedei por nós.”

— Uma frase sobre a Virgem Maria?

— Sim, Alice. Frei Galvão fez umas pequenas “pílulas” com as tiras de papel e as deu para o jovem tomar. 

Romualdo tomou as pílulas. Alguns instantes depois ele pôs para fora uma pedra grande e pontuda que estava num de seus rins. Logo depois, expeliu outras pedras menores, todas cheias de pontas.

— Mas papel não cura ninguém!

— Foi um milagre, Cláudia. O jovem imediatamente sentiu-se aliviado, agradecendo Frei Galvão com lágrimas de alegria nos olhos.

Não preciso dizer que o fato espalhou-se rapidamente pela região e, a partir disso, todos os dias havia gente na porta do Mosteiro pedindo as “pílulas”. E muitos voltavam mais tarde para contar como haviam sido curados.

— é impressionante!!! Como é que uma pílula de papel... onde está escrita uma frase sobre Nossa Senhora... pode curar tanta gente.

— E é um milagre sempre renovado, pois, até hoje, — quase duzentos anos depois — as pessoas ainda fazem fila diante do Mosteiro para receber as “pílulas de Frei Galvão”. E, muitas vezes, são curadas tanto de corpo quanto de alma...

Bem. Alice, aí está a história das “pílulas de Frei Galvão” que você me pediu para contar...

— é impressionante, simples papeizinhos fizeram já duzentos anos de milagres!

— Exatamente. Deus frequentemente mostra Sua glória na pessoa de um santo ou de uma santa.

TÚMULO DE FREI GALVÃO NO MOSTEIRO DA LUZ
Mosteiro da Luz
ARTE TUMULAR
Sobre uma base facetada de madeira está um tampo de mármore branco retangular com datas e o nome do frei gravado em baixo relevo.LOCAL: Mosteiro da Luz, São Paulo, Brasil

SÃO FREI GALVÃO, ROGAI POR NÓS!

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